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31 de jul. de 2014

Motos: Casos de família!

Sabe aquele tipo de ideia que aparece e você pensa: "Caramba, isso é óbvio! Como ninguém pensou nisso antes?".
Como eu não pensei nisso antes, manolo?
Foi isso que aconteceu com a Honda, lançando suas motos no conceito de "Famílias". A Yamaha tem também a "Família Tereré, mas é outro conceito diferente. Enquanto na Yamaha a idéia é oferecer 3 produtos similares, mas com mecânica diferente (Teneré 250, 660 e 1200cc) na Honda é exatamente o oposto: mecânica igual, mas produtos diferentes. Não entendeu? Explico.

A Honda começou com a família 700 na Europa. Eram motos bicilíndricas, de 700cc feitas para serem praticas, gostosas de guiar, econômicas, mas sem compromisso com grandes desempenhos, afinal a gente não usa mesmo toda a força de uma esportiva de 4 cilindros no dia a dia. Então os Japoneses da Honda, criaram um conjunto mecânico de chassis, motor e câmbio que fosse flexível, e sobre essa base, foi lançado uma moto Naked, uma Crossover, e uma Scooter. Mais tarde veio uma Custom (é.. mais ou menos..) e uma cruiser sobre a mesma plataforma desenvolvidas pro mercado norte americano.  Dessas motos, aqui no Brasil temos disponíveis as NC700X (Crossover) e CTX700N (Custom). Faltaram as NC700D INTEGRA (Scooter) CTX700 Sem o "N" (Cruiser) e a NC700S (Naked Urbana). No exterior, essas motos podem ser equipadas até com câmbio automático. (Aqui no Brasil ao que parece, a CTX vai ter essa opção.)





Falando em Brasil, aqui a Honda decidiu oferecer outra família, a 500, dessa vez na íntegra! Essa família é formada por 3 modelos, que partilham a mesma base mecânica: a CB500F (Naked), a CBR500R (Esportiva urbana) e CB500X (Crossover). Essa base é quase uma versão um pouco reduzida da base 700. Motor bicilíndrico, arrefecido á água com 471cc e 50,4cv à 8500rpm (em todas as 3 motos).



Mas qual a vantagem pra nós, consumidores nessa estratégia de lançamento de produto? Pra gente a vantagem é a redução de custos, já que ao invés da fábrica produzir 100 motores de cada moto, produz 300 motores iguais que servem em todas elas, e fica mais barato pra produzir, e dá pra baixar o preço pro consumidor. Outra vantagem, é na manutenção. pois as peças de reposição ficam bem mais fáceis de serem encontradas (isso daqui um tempo, quando não forem mais novidade..) não importa se sua moto for a CBR e não a CB, já que são idênticas mecanicamente. Legal ter uma esportiva e gastar menos na manutenção, né?

A Yamaha também adotou um conceito parecido ao aproveitar o mesmo motor em 3 motos: a consagrada XT 660R, a Aventureira Teneré 660 e a Urbana MT-03. Mas as Yamaha não são "irmãs" como a Honda, que tem o mesmo conjunto motor/cambio/transmissão e muitas vezes quadro e suspensões iguais. na Yamaha  elas estão mais pra "primas", já que apenas o motor é o mesmo, e cada um tem sua regulagem de injeção de combustível, variando o torque e potencia em casa modelo. Hoje em dia a Yamaha não oferece mais a MT-03 por aqui, então a família está desfeita.



Seja em família ou numa moto que ninguém conhece, o importante é ir Di motoca!
Claudio "Coscobeu" Oliveira.

2 de jul. de 2014

Nostalgia - A Minha 1ª Vez.

É nóis Di Motoca desde pequeno!
Tem coisas que marcam a gente. Nossa primeira professora, a primeira paquera na escola etc. Mas pra nós, motociclistas, existe outro fato importante na vida: a primeira vez que andamos de moto. Eu sempre adorei motos, ficava o dia todo na "Tonquinha", ou assistindo "chips" na TV, ou vendo Jaspion voando na sua estrambólica moto.


As mina pira num Motoca.. kkkk
Até que um dia, eu me lembro de meu tio aparecer em casa, procurando minha mãe. Ela estava trabalhando e ele me pediu pra levá-lo até onde ela estava. Até aí tudo bem, mas o problema é que ele estava de moto. Eu não me lembro de ter sequer subido numa moto de verdade antes desse dia (minha memória é horrível, mas esse dia ficou marcado). Meus pés não alcançavam as pedaleiras do garupa, então meu tio me colocou sentado sobre o tanque azul de sua moto, segurando no guidão cromado. Sem capacete, o vento batia no meu rosto muito mais forte do que de bicicleta, e nos primeiros segundos eu tive medo, muito medo. Mas depois de passar pela esquina, eu percebi que nunca tinha me sentido tão bem. O sol estava forte, os cromados reluziam e aquele azul do tanque com os frisos dourados nunca mais saíram da minha cabeça. Hoje não sei dizer se era uma CG 125 ou uma CB 750 Four mas pra mim era uma máquina enorme, linda e poderosa, que trovejava enquanto deslizava pelas ruas e me dava a sensação de flutuar pelo ar.

Não sei se era uma 125 ou 750.. mas não faz a menor diferença..

Anos mais tarde, aprendi a pilotar, numa CBX 150 AERO do meu pai, e já jovenzinho começava a fazer minhas trocas e negócios em motos. Tive uma DT 180, uma CG 125, uma Vespa PX 200, uma CB 400. até que um dia por razões pessoais, parei de andar de moto. Simplesmente esqueci que isso existia. Então uma época, essa vontade começou a voltar e acabei comprando uma moto, uma simples 150cc. Quando eu tirei ela da loja e fui levá-la pra casa, após 10 anos em subir numa moto, ao começar a andar, só lembrava de estar sentado sobre o tanque de combustível azul, naquele dia de sol e então percebi que aquilo era uma parte da minha vida que eu não tinha como deixar de lado, pois até hoje, toda vez que pego minha moto eu me sinto como aquele garoto deslizando no vento. Valeu Tio, não tenho como te agradecer o suficiente.

Valeu pelo presente Tio!


E vocês, como foi a sua primeira vez Di Motoca?

26 de jun. de 2014

Scrambler - Que diabo de moto é essa?

O Visual "trator de 2 rodas" agrada a galera!
As influências:
O que dá se você misturar capacidade offroad, com visual retrô? Uma Scrambler! Pra entender melhor de onde isso veio, vamos voltar no tempo, já que a origem das scramblers se mistura com a origem do motociclismo fora de estrada. No início dos tempos motociclísticos, não havia isso de "moto esportiva, moto custom, moto touring".. moto era moto e acabou.

Então vieram as guerras mundiais, e alguém achou que a melhor maneira pros mensageiros se locomoverem em meio ao campo de batalha era sobre uma motocicleta. Mas como você deve imaginar, o terreno não era liso e suave em meio à guerra, e surgiu a necessidade de capacidade todo terreno. A solução foi pneus com cravos em motos comuns. Esse foi o primeiro passo.
Você acha perigoso ser motoboy? Sabe nada, inocente!
Após a guerra, alguns veteranos pegaram gosto pela coisa, e começaram a fazer seus saltos e trilhas aos fins de semana, assim começou a surgir o motocross e as dirt trackers. E Pra ter melhor capacidade, suas motos eram fuçadas nas suas garagens.
Confia em mim que eu sei o que estou fazendo!
Anos mais tarde, na década de 50/60, fabricantes de motos ingleses exportavam suas motos para os estados unidos, e somando isso à tendencia surgida no pós guerra deu origem ás motos Scramblers que conhecemos hoje. Como o movimento surgiu na mesma época das Café Racers ( Veja aqui nossa matéria sobre as Café Racers!) acabaram sendo tendencias que tem uma identidade visual em comum. Muitas vezes as Scramblers são mencionadas como "café racers pro fora de estrada" o que não está muito errado do ponto de vista estético.
Até que se parecem, não?

Café com terra! Scramblers são as irmãs sujas das Café Racers.

Atualmente:
Com a volta da tendência rocker/retrô as scramblers estão de volta, e pra quem quer uma moto estilosa, polivalente pro uso diário e com alguma capacidade de fora de estrada, pro fim de semana as scramblers são uma boa pedida. Alguns fabricantes oferecem scramblers "de fabrica" como a Triumph e a Ducati que está com sua scrambler "no forno" pra lançamento em breve.
A tradicional Triumph Scrambler - vem assim de fábrica, não tem que fuçar em nada.

A Scrambler da Ducati ainda não foi lançada, mas deve ser algo parecido com isso. Linda!

 Não são motos de trilha, mas chegam naquela cachoeira ou mirante com mais facilidade que a maioria das motos.Mas assim como as Café, o legal do estilo é modificar sua moto em casa, na sua garagem, e gastando pouco. As motos de baixa cilindrada são especialmente indicadas pra isso, já que são leves e mais manobráveis, o que facilita muito no uso longe do asfalto, e simplicidade é a tônica do estilo.
Eu mesmo, tenho uma intruder 250 scrambler, e a maior parte do trabalho fiz eu mesmo. olha ela aí:
Minha Trudi Marvadinha!

Abaixo alguns exemplos da internet de scramblers, pra te inspirar à colocar sanfonas nas bengalas e pneus de cravos na sua motoca!





















No asfalto ou fora dele, com muito estilo, e "Di motoca" sempre!

24 de jun. de 2014

A Moda agora é café! E café forte!


Uma moda que tem vindo muito forte é a das Café Racers. Mas muito se engana quem acha que essa é uma tendencia nova. Esse movimento começou faz um tempo já, no fim dos anos 50, na Inglaterra.
Nessa época, os jovens, se encontravam nos cafés à beira de estrada, pra ouvir o Rock n' Roll, e eram chamados de "Rockers".

Como motocicleta e rock tem tudo à ver, não demorou pra que o pessoal começasse á apostar corridas entre um café e outro, e assim surgiram os "Café Racers". Essas motos se caracterizavam por ser modificadas nas garagens, pra correrem aos fins de semana, e acabaram por criar um estilo próprio.

Rockers e Racers
Hoje em dia, essa estética Rocker está em alta, e as motos Café racers voltaram à ser moda, e se espalharam pelo mundo, inclusive no Brasil. Das cafés também se originaram outros estilos, como as Brat, mas isso é assunto pra outro dia.

Quais são as características das café racers?
Eram motos feitas pra correr, portanto, apesar da estética retrô, são motos de cunho esportivo, que mesmo paradas remetem à velocidade. Abaixo algumas dicas pra reconhecer uma café racer:

1- Rabeta:
Um dos traços mais marcante das café racers é a rabeta, em formato arredondado, imitando as motos de competição da época.
Gosta da bundinha redondinha e empinada?
2- Guidão:
Como motos de competição, os guidões (ou semi guidões) são colocados em posição baixa, pra deixar o piloto abaixado e melhorar a penetração aerodinâmica.
O Famoso Guidão "Morceguinho"
3- Farol:
Não podemos esquecer que apensar de serem esportivas são motos "de época", e combinam muito com faróis tradicionais redondos (ás vezes dois farois). Farois amarelos também são bem cotados, já que ajudavam à ver através da neblina britânica em meio aos rachas.
Café de "Zóio Amarelo"
4- Motorização:
A motorização era variada, já que qualquer moto na época era utilizada. Existem racers de 1,2 cilindros, 3 ou 4 cilindros. O importante era "envenenar" o conjunto.
Não parece uma cafeteira?
5- Somente o necessário:
Como tudo o que pesa te deixa mais lento, tudo o que era desnecessário era retirado ou aliviado na moto. Bateria retirada (ou substituida por outra menor) retrovisores e qualquer coisa que não fosse absolutamente essencial era deixado em casa.
Minimalista, sem frescura.

Hoje em dia:

Como hoje em dia, ninguém em sã consciência vai ficar tirando racha na rua, o barato é ter uma moto com a estética agressiva, mas para ser utilizada no dia a dia. São motos estilosas, e como são em sua maioria ágeis, se mostram opções prazerosas pra uso urbano, o que ajuda cada vez mais á popularizar essas motos, independente da cilindrada.
Alguns fabricantes, de olho nessa moda, lançaram motos que remetem à essa estética, como a Triumph com a Thruxton, ou a BMW com a Nine-T.
BMW Nine T
Triumph Thruxton
Mas a grande pegada dessa onda, é pegar uma moto comum, ordinária, e transformar em algo com sua personalidade, e sem gastar muito (afinal, os Rockers também não tinham grana!) e de preferência na sua propria garagem (ou com um mecanico de confiança), sendo assim, motos usadas dos anos 80/90 são ótimas bases pra essas personalizações, e que podem ser feitas sem gastar muito, como por exemplo as Honda CB400/450 e Suzuki Intruder 250.
Olha o que dá pra fazer com uma CB 450!
A Intruder 250 vira cafézinha sem precisar fazer quase nada.
Abaixo Alguns exemplos, tirados da Internet:
Isso, meus caros é uma Virago!

As kawas são otimas pra fazer café!

Uma CG 125 - Belo Cafézinho!

Café Americano - Harley 883!
Seja café racer ou café com leite, vamos que vamos, "di motoca" sempre!!