2 de jul. de 2014

Nostalgia - A Minha 1ª Vez.

É nóis Di Motoca desde pequeno!
Tem coisas que marcam a gente. Nossa primeira professora, a primeira paquera na escola etc. Mas pra nós, motociclistas, existe outro fato importante na vida: a primeira vez que andamos de moto. Eu sempre adorei motos, ficava o dia todo na "Tonquinha", ou assistindo "chips" na TV, ou vendo Jaspion voando na sua estrambólica moto.


As mina pira num Motoca.. kkkk
Até que um dia, eu me lembro de meu tio aparecer em casa, procurando minha mãe. Ela estava trabalhando e ele me pediu pra levá-lo até onde ela estava. Até aí tudo bem, mas o problema é que ele estava de moto. Eu não me lembro de ter sequer subido numa moto de verdade antes desse dia (minha memória é horrível, mas esse dia ficou marcado). Meus pés não alcançavam as pedaleiras do garupa, então meu tio me colocou sentado sobre o tanque azul de sua moto, segurando no guidão cromado. Sem capacete, o vento batia no meu rosto muito mais forte do que de bicicleta, e nos primeiros segundos eu tive medo, muito medo. Mas depois de passar pela esquina, eu percebi que nunca tinha me sentido tão bem. O sol estava forte, os cromados reluziam e aquele azul do tanque com os frisos dourados nunca mais saíram da minha cabeça. Hoje não sei dizer se era uma CG 125 ou uma CB 750 Four mas pra mim era uma máquina enorme, linda e poderosa, que trovejava enquanto deslizava pelas ruas e me dava a sensação de flutuar pelo ar.

Não sei se era uma 125 ou 750.. mas não faz a menor diferença..

Anos mais tarde, aprendi a pilotar, numa CBX 150 AERO do meu pai, e já jovenzinho começava a fazer minhas trocas e negócios em motos. Tive uma DT 180, uma CG 125, uma Vespa PX 200, uma CB 400. até que um dia por razões pessoais, parei de andar de moto. Simplesmente esqueci que isso existia. Então uma época, essa vontade começou a voltar e acabei comprando uma moto, uma simples 150cc. Quando eu tirei ela da loja e fui levá-la pra casa, após 10 anos em subir numa moto, ao começar a andar, só lembrava de estar sentado sobre o tanque de combustível azul, naquele dia de sol e então percebi que aquilo era uma parte da minha vida que eu não tinha como deixar de lado, pois até hoje, toda vez que pego minha moto eu me sinto como aquele garoto deslizando no vento. Valeu Tio, não tenho como te agradecer o suficiente.

Valeu pelo presente Tio!


E vocês, como foi a sua primeira vez Di Motoca?

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